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Pistachios 100gr
Nozes
Avelãs
Amendoas
Cajus
Castanha do Pará ( Brazilnuts)
Castanhas (tipo portuguesa)
Côco (parte seca)
Macadamia
Pecan
Pinhões
Pevides (sementes de abobora)
Sementes de Melancia
Graças ao marinheiro Popeye, personagem que recorre a uma lata de espinafre quando precisa reunir forças para enfrentar o vilão Brutus, até as crianças pensam que a verdura é uma boa fonte de ferro.
O que os pequenos e muitos adultos não sabem é que a disponibilidade desse mineral para o organismo é bastante limitada.
"O ácido oxálico presente no espinafre forma sais insolúveis com o ferro e também com o cálcio, dificultando a absorção dos dois minerais", afirma a nutricionista Lara Cunha, da USP (Universidade de São Paulo).
Segundo ela, a verdura contém muita fibra, vitaminas A, C e do complexos B, potássio e magnésio, além de ser considerada laxativa e diurética, mas não deve ser consumida por pessoas com deficiência de ferro ou propensão a formar cálculos renais, também devido ao grande teor de ácido oxálico.
Os espinafres e o ferro
Na década de 1890 a 1900 um investigador americano analisou as folhas do espinafre. Os resultados foram transcritos pela sua secretária que se enganou a colocar uma vírgula. Em vez de 3,0 mg escreveu 30 mg.
Nasceu a lenda dos espinafres ricos em ferro.
Na década de 30 do século XX cientistas alemães repuseram a verdade.
De nada valeu. O Popeye já comia as suas latas de espinafre e a ideia errada manteve-se até à actualidade.
Bouvet, Jean François, Sobre o ferro nos espinafres e outras ideias feitas, (1998), Lisboa, Gradiva
Achei este artigo interessante neste site
Deixo também mais uma tabela com fontes de ferro com maior variedade de alimentos.
No artigo não diz mas a DDR é de 15mg por dia.
The A Organização Mundial de Saúde estima que 600 a 700 milhões de pessoas sofrem de carência em ferro, sendo provavelmente o distúrbio de deficiência nutricional mais comum do mundo, particularmente nos países em desenvolvimento. Embora em muitos países, a perda de sangue (i.e. causado pela infestação de vermes perigosos) seja uma das principais causas deste problema, na Europa ocidental, a deficiência em ferro é normalmente o resultado da insuficiência da ingestão deste mineral pela alimentação.
Os efeitos de uma ingestão pobre em ferro têm sido estudados. Este mineral é necessário para a hemoglobina (pigmento vermelho do sangue) funcionar correctamente e transportar o oxigénio para todas as células do organismo. Os primeiros sinais de falta de ferro são o cansaço e a fadiga. As mulheres e adolescentes que comem pouca carne, aves e peixe ou que se tornaram totalmente vegetarianas apresentam um risco acrescido de ter as reservas de ferro muito baixas e apresentar sintomas de carência.
Estima-se que cerca de 80% das mulheres ocidentais têm carência de ferro. Dr. Michael Nelson, nutricionista do Kings College, Universidade de Londres, acredita que 10% a 20% das adolescentes já estão afectadas. Contudo, as raparigas parecem gozar de uma boa saúde, embora uma carência de ferro afecte a sua vida diária, incluindo a capacidade de concentração e de aprendizagem, na escola. Nelson diz que “nos testes que têm sido feitos indicam que o QI das adolescentes britânicas com um aporte de ferro suficiente é superior às adolescentes anémicas, produzindo-se diferenças em vários pontos na classificação obtida nos exames”.
“As jovens que se submetem a regimes ou que são vegetarianas apresentam um maior risco” explica o Dr. Nelson: “ os novos vegetarianos precisam de ter mais cuidado no primeiro ano com as conversões, porque estes cortam com a carne e não fazem uma substituição correcta para adquirir outras fontes de ferro. Mulheres e raparigas que façam uma dieta vegetariana, tem ao mesmo tempo de consumir alimentos fortificados ou fazer uma suplementação alimentar.
Aumentar a ingestão de ferro no adolescente, ou no adulto, faz uma grande diferença, que se nota tanto da aula como no emprego. É sabido que uma deficiência em ferro provoca uma diminuição da capacidade mental, afectando tanto a memória com a capacidade de aprendizagem.
Não é apenas o cérebro que sofre com a baixa ingestão de ferro. As mulheres grávidas e as pessoas idosas também necessitam de ter muito cuidado. Durante a gravidez, se as reservas de ferro são baixas, como as necessidades do feto são cada vez maiores, podem reduzir estas reservas da mãe até níveis preocupantes, afectando consequentemente o desenvolvimento cerebral da criança. Os idosos sofrem de carência de ferro, como consequência de um regime alimentar pobre associado ao facto de o sistema digestivo não absorver de igual forma o ferro presente nos alimentos.
Independentemente da idade e sexo do indivíduo, uma carência de ferro conduz a uma descida do limiar da dor, interfere com o mecanismo de controlo da temperatura corporal, aumenta a queda de cabelo e baixa o sistema imunológico, tornando o indivíduo mais vulnerável a infecções. Assim, existem inúmeras razões para manter uma ingestão diária de ferro suficiente.
O sentir-se constantemente cansado ou apresentar uma pele pálida são sintomas que podem indicar falta de ferro na sua dieta e que alcançou um nível de carência neste mineral. Para saber o que está por trás destes sintomas, o médico necessitará de medir a sua taxa de hemoglobina com base nas suas análises sanguíneas. Ele será então capaz de detectar um risco de carência em ferro ou já um desenvolvimento de anemia.
Alimentos | Porções | Aporte de ferro |
Carne magra de vaca | 150g | 6mg |
Feijão cozido | 200g | 5mg |
Sardinhas em lata | 100g | 5mg |
Cereais de pequeno-almoço (comprovado pelo rótulo) | 30-45g | 4mg |
Figos secos | 4 | 3mg |
Carne do pato | 120g | 2mg |
Sementes de sésamo | 20g | 2mg |
Legumes cozidos ao vapor | 90g | 1mg |
O organismo absorve cerca de 25% do ferro da carne, peixe e aves. Contudo, a absorção do ferro dos cereais, vegetais e frutos é significativamente mais baixo. A absorção do ferro destes alimentos é aumentada se consumir simultaneamente:
A absorção de ferro baixa quando consumimos determinados alimentos, por isso deve evitar comer alimentos ricos em ferro com os seguintes:
outros sintomas retirados daqui:
A anemia pode chegar a causar fadiga, falta de ar, incapacidade para fazer exercício e outros sintomas. O défice de ferro pode produzir os seus próprios sintomas, como a malacia (apetência por elementos não alimentícios como gelo, terra ou amido puro), a inflamação da língua (glossite) e cortes nas comissuras da boca (queilose) e nas unhas, que se deformam, adoptando uma forma semelhante a colheres (coiloníquia).
Mas se alguém diz a um tuga pra trocar o tipico pequeno almoço (bica+bolinho) por fruta a aflição é quase como se lhe roubassem a carteira...
Idade |
Peso (Kg) |
Altura (cm) |
Minerais |
|||||||
|
Cálcio (mg) |
Fósforo (mg) |
Magnésio (mg) |
Ferro (mg) |
Zinco (mg) |
Iodo (mg) |
Selénio (mg) |
|||
Bebês |
0.0–0.5 0.5–1.0 |
6 9 |
60 71 |
400 600 |
300 500 |
40 60 |
6 10 |
5 5 |
40 50 |
10 15 |
Crianças |
1–3 4–6 7–10 |
13 20 28 |
90 112 132 |
800 800 800 |
800 800 800 |
80 120 170 |
10 10 10 |
10 10 10 |
70 90 120 |
20 20 30 |
Homens |
11–14 15–18 19–24 25–50 +51 |
45 66 72 79 77 |
157 176 177 176 173 |
1200 1200 1200 800 800 |
1200 1200 1200 800 800 |
270 400 350 350 350 |
12 12 10 10 10 |
15 15 15 15 15 |
150 150 150 150 150 |
40 50 70 70 70 |
Mulheres |
11–14 15–18 19–24 25–50 +51 |
46 55 58 63 65 |
157 163 164 163 160 |
1200 1200 1200 800 1500 |
1200 1200 1200 800 800 |
280 300 280 280 280 |
15 15 15 15 10 |
12 12 12 12 12 |
1501 150 150 150 150 |
45 50 55 55 55 |
Grávidas |
1200 |
1200 |
320 |
30 |
15 |
175 |
65 |
|||
Lactação |
1200 |
1200 |
355 |
15 |
19 |
200 |
75 |
Deixo aqui esta tabela que nos pode ser útil para saber qual a quantidade de minerais que devemos ingerir diariamente.
Vou também coloca-la na secção Úteis, juntamente com a tabela de nutrientes que coloquei há uns dias.
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